segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Balanço de fim de disciplina

Hoje em dia não é nada difícil criar um blog e se tornar mais um produtor de informação na rede mundial de computadores. Existem cada vez mais ferramentas e sites de hospedagem que oferecem recursos para a criação de blogs e boletins eletrônicos. O grande desafio é se diferenciar nesse mundo e produzir algo que chame a atenção. É isso que os caras do “Todos os nomes estão escolhidos” fizeram.

No blog, os autores se utilizam bem das características da linguagem de blogueiros – os posts são sempre escritos em primeira pessoa e de forma crítica. Os textos são permeados por vários hiperlinks que indicam um outro site que destrincha melhor o que foi publicado ou comentado. No caso específico do “Todos os nomes estão escolhidos”, essa característica é ainda mais reforçada pelo tema escolhido pela dupla criadora do blog: falar mais sobre os recursos ou ‘coisas’ interessantes que estão rolando na internet ou no mundo da informática.

Aliás, Leandro e Marco Túlio conseguiram manter uma coerência bem legal nos posts. Abordando sempre o tema proposto no início, eles fizeram com que o blog ganhasse uma ‘cara’ e mantivesse um estilo que o marcasse. Além disso, a freqüência dos posts é admirável. Dando uma rápida olhada nos outros blogs da disciplina pode-se perceber que o “Todos os nomes estão escolhidos” é um dos sites que teve mais atualizações.

No entanto, há de se ressaltar que a dupla não escreveu sobre a lei de censura do senador Eduardo Azeredo do PSDB. È decepcionante, pois além de ser um exercício obrigatório da disciplina, o tema tem tudo a ver com as discussões que o blog trata.

Em relação à sua interface, o Blog também se mostra interessante, a começar pela figura de apresentação do título que é ao mesmo tempo diferente, impactante e bem elaborada.

O lay-out propriamente dito também é correto. As cores de fundo, texto título e subtítulos são simples, mas tornam a leitura fácil e conseguem dar destaque ao que é mais importante. Os posts também sempre contam com alguma figura que ilustra o que está sendo tratado no texto. Isso cria certa harmonia ao visual do blog e torna a leitura mais interessante.

Em relação à Widget utilizada – um mapa da Terra indicando os acessos ao redor do mundo – acreditamos que poderia ter sido mais bem escolhida, já que o blog é uma ferramenta da disciplina e pelo menos por enquanto não é muito conhecido e não tem muitos acessos. Talvez uma outra Widget pudesse ser mais representativa para o blog.

Ao mesmo tempo é legal pensar nesse conceito de universalidade que a internet e por conseqüência os blogs dão para cada pessoa. Por que não pensar que uma pessoa lá em Angola vai visitar uma página de estudantes brasileiros?

Enfim, vale a pena visitar o blog dos meninos!

Cegueira Branca


Foto: site oficial

Adaptar o livro do vencedor do Prêmio Nobel de literatura, José Saramago, ao cinema, não parece ser uma tarefa fácil, principalmente pelo fato de a cegueira da história ser branca e não preta (preto=ausência de cores / branco=reunião de todas as cores). Porém, essa tarefa foi executada de forma magnífica no filme Ensaio sobre a cegueira.

O aclamado diretor Fernando Meirelles (O Jardineiro Fiel, Cidade de Deus) traz para o mundo dos ‘mortais’ a comovente história de uma humanidade que passa a ‘ver demais’, mas que não capta a essência das coisas, as quais passam despercebidas. É por isso que essa sociedade sofre uma misteriosa epidemia de cegueira branca, o que a leva a um estado de selvageria total.

É possível fazer uma analogia entre essa situação e a situação em que vamos ao oftalmologista. Para que nosso olho seja analisado pelo médico, é preciso que se aplique um colírio que dilate as pupilas, o que faz com que não enxerguemos direito. Ou seja, é o contrário do que acontece com a cegueira normal.

Levando as personagens ao ponto em que não existem mais regras, nem organização, o filme (assim como o livro) é uma investigação corajosa da natureza - tanto a boa como a má - de sentimentos humanos como egoísmo, oportunismo e indiferença, mas também a capacidade de nos compadecermos, de amarmos e de perseverarmos.

O filme começa num ritmo acelerado, com um homem que perde a visão de um instante para o outro enquanto dirige de casa para o trabalho e que mergulha em uma espécie de névoa leitosa assustadora. Uma a uma, cada pessoa com quem ele encontra - sua esposa, seu médico, até mesmo o aparentemente bom samaritano que lhe oferece carona para casa terá o mesmo destino. À medida que a doença se espalha, o pânico e a paranóia contagiam a cidade. As novas vítimas da cegueira branca são cercadas e colocadas em quarentena num hospício caindo aos pedaços, onde qualquer semelhança com a vida cotidiana começa a desaparecer. Leia +